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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Caprinos e Ovinos. |
Data corrente: |
17/12/2009 |
Data da última atualização: |
29/08/2023 |
Tipo da produção científica: |
Artigo de Divulgação na Mídia |
Autoria: |
ARAÚJO, M. R. A. de. |
Afiliação: |
MARCELO RENATO ALVES DE ARAUJO, CNPC. |
Título: |
Sistema de produção agrossilvipastoril, exemplo de integração lavoura-pecuária-caatinga. |
Ano de publicação: |
2009 |
Fonte/Imprenta: |
Página Rural. Seção Pesquisa. Tecnologia. Artigos, 16 dez. 2009. Disponível em: . Acesso em: 17 dez. 2009. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
As características de solo e clima da caatinga impõem severas restrições a diversos tipos de exploração agrícola de base intensiva, privilégio possível apenas para alguns setores, porém inviável na maior parte de seu território. Nesse cenário, destacam-se como atividades viáveis a ovinocultura e a caprinocultura, notadamente pela sua importância para promover a geração de renda e benefícios sociais, culturais e ambientais para a agricultura familiar. O contingente populacional dos caprinos e ovinos do Nordeste brasileiro tem aumentado devido à rusticidade e à adaptação ao meio, caracterizado pelo clima quente e seco, e pela vegetação típica do semiárido. A deficiência ou quase ausência de práticas de manejos adequados, que percorre o processo desde as práticas de criação, passando pelo abate, esfola, conservação e processamento compromete sobremaneira a qualidade do produto final, contribuindo para sua depreciação. Da mesma forma, a desigual distribuição de terras para produzir na região Nordeste contribui fortemente para agravar os prejuízos de ordem ambiental. A restrição, tanto em quantidade quanto em qualidade, do uso de terra produtiva para as práticas tradicionais de exploração agrícola, pecuária e silvicultural, pelos agricultores familiares do SAB é, provavelmente, o maior fator de degradação dos ecossistemas da Caatinga, resultando no declínio generalizado da produtividade, queda de renda e da qualidade de vida dos agricultores familiares. No itinerário da agricultura praticada no SAB, ainda predominam as práticas migratórias de derrubada total da mata e queimadas. Com o aumento da concentração de terra e a proliferação de minifúndios, o ritmo vem se acelerando, reduzindo o período de descanso da terra, a níveis incompatíveis com a recuperação das comunidades vegetais e do solo. A pecuária concentrada nas áreas marginais em termos de solo e água e que tem no superpastoreio desordenado um de seus problemas mais angustiantes, constitui uma das causas mais ativa de enfraquecimento do solo e empobrecimento da cobertura vegetal de extensas áreas dos sertões. Por fim, o corte da madeira, principalmente para produção de lenha e carvão, a mais importante fonte de energia para consumo doméstico na região, tem contribuído significativamente para a devastação do Bioma Caatinga. A Embrapa Caprinos e Ovinos, juntamente com a Confederação Nacional do Trabalhadores/as na Agricultura (CONTAG), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGs), com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), desenvolveu projeto de transferência de tecnologia sobre o Sistema de Produção Agrossilvipastoril (SPA) para o SAB. O projeto implantou no decorrer de 2008 uma rede de 16 Unidades Técnicas de Referencia (UTR), uma rede de multiplicadores em oito estados nordestinos, nos seguintes territórios rurais e ou de cidadania: Bacia Leiteira (AL), Vale do Itapecuru (MA), Sertão do Apodi (RN), Inhamuns-Cratéus (CE), Sisal (BA), Alto Sertão (SE), Sertão do Pajeú (PE) e Vale do Sambito (PI). O projeto visa o fortalecimento da agricultura familiar do semiárido através de ações integradas e inovadoras nas atividades agrícolas, pastoris e silviculturais, objetivando a sustentabilidade dos agroecosistemas do semiárido brasileiro. Cada Unidade Técnica de Referência ? Sistema de Produção Agrossilivipastoril (UTR-SPA) já instalada tem uma área padrão de 10 ha, assim subdivididos: 1,6 ha para a agricultura, 4,8 ha para a pecuária, 2,0 ha para terminação das crias e 1,6 ha para reserva florestal. O manejo do rebanho nas UTRs é realizado da seguinte forma: no início das chuvas, enquanto as culturas e as pastagens se estabelecem, o rebanho passa 30 dias na área de reserva florestal. Após esse período, permanece na área pecuária por todo o inverno. No início do período seco, o rebanho retorna para a área de reserva florestal por cerca de 30 dias, para aproveitar as rebrotas. Ao término dos 30 dias, os animais são levados à parcela agrícola para aproveitar os restos culturais e as leguminosas. As matrizes receberão suplementação alimentar à base de feno de leguminosa e rolão de milho ou panícula de sorgo, ministrada à tarde. A rede de parcerias do projeto é constituída por oito Fetag, 16 Sindicatos Rurais de Trabalhadores/as e 04 Unidades Descentralizadas da Embrapa (Tabuleiros Costeiros, Semi-Árido, Meio-Norte e Transferência de Tecnologia). MenosAs características de solo e clima da caatinga impõem severas restrições a diversos tipos de exploração agrícola de base intensiva, privilégio possível apenas para alguns setores, porém inviável na maior parte de seu território. Nesse cenário, destacam-se como atividades viáveis a ovinocultura e a caprinocultura, notadamente pela sua importância para promover a geração de renda e benefícios sociais, culturais e ambientais para a agricultura familiar. O contingente populacional dos caprinos e ovinos do Nordeste brasileiro tem aumentado devido à rusticidade e à adaptação ao meio, caracterizado pelo clima quente e seco, e pela vegetação típica do semiárido. A deficiência ou quase ausência de práticas de manejos adequados, que percorre o processo desde as práticas de criação, passando pelo abate, esfola, conservação e processamento compromete sobremaneira a qualidade do produto final, contribuindo para sua depreciação. Da mesma forma, a desigual distribuição de terras para produzir na região Nordeste contribui fortemente para agravar os prejuízos de ordem ambiental. A restrição, tanto em quantidade quanto em qualidade, do uso de terra produtiva para as práticas tradicionais de exploração agrícola, pecuária e silvicultural, pelos agricultores familiares do SAB é, provavelmente, o maior fator de degradação dos ecossistemas da Caatinga, resultando no declínio generalizado da produtividade, queda de renda e da qualidade de vida dos agricultores familiares. No itinerário da agricultu... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Agricultura migratoria; Agrosilvopastoral systems; Brasil; Northeast region; Regiao Nordeste; Semiárido; Sistema agroflorestal; Sistema agrossilvipastoril; Sustainability; Sustentabilidade. |
Thesagro: |
Agricultura Familiar; Caprino; Ovino; Pequeno Produtor. |
Thesaurus Nal: |
Brazil; Goats; Sheep; Silvopastoral systems. |
Categoria do assunto: |
-- |
URL: |
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/48479/1/Midia-Sistema-de-producao.pdf
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Marc: |
LEADER 05673nam a2200325 a 4500 001 1578243 005 2023-08-29 008 2009 bl uuuu u00u1 u #d 100 1 $aARAÚJO, M. R. A. de 245 $aSistema de produção agrossilvipastoril, exemplo de integração lavoura-pecuária-caatinga.$h[electronic resource] 260 $aPágina Rural. Seção Pesquisa. Tecnologia. Artigos, 16 dez. 2009. Disponível em: <http://www.paginarural.com.br/artigo/1995/sistema-de-producao-agrossilvipastoril-exemplo-de-integracao-lavoura-pecuaria-caatinga>. Acesso em: 17 dez. 2009.$c2009 520 $aAs características de solo e clima da caatinga impõem severas restrições a diversos tipos de exploração agrícola de base intensiva, privilégio possível apenas para alguns setores, porém inviável na maior parte de seu território. Nesse cenário, destacam-se como atividades viáveis a ovinocultura e a caprinocultura, notadamente pela sua importância para promover a geração de renda e benefícios sociais, culturais e ambientais para a agricultura familiar. O contingente populacional dos caprinos e ovinos do Nordeste brasileiro tem aumentado devido à rusticidade e à adaptação ao meio, caracterizado pelo clima quente e seco, e pela vegetação típica do semiárido. A deficiência ou quase ausência de práticas de manejos adequados, que percorre o processo desde as práticas de criação, passando pelo abate, esfola, conservação e processamento compromete sobremaneira a qualidade do produto final, contribuindo para sua depreciação. Da mesma forma, a desigual distribuição de terras para produzir na região Nordeste contribui fortemente para agravar os prejuízos de ordem ambiental. A restrição, tanto em quantidade quanto em qualidade, do uso de terra produtiva para as práticas tradicionais de exploração agrícola, pecuária e silvicultural, pelos agricultores familiares do SAB é, provavelmente, o maior fator de degradação dos ecossistemas da Caatinga, resultando no declínio generalizado da produtividade, queda de renda e da qualidade de vida dos agricultores familiares. No itinerário da agricultura praticada no SAB, ainda predominam as práticas migratórias de derrubada total da mata e queimadas. Com o aumento da concentração de terra e a proliferação de minifúndios, o ritmo vem se acelerando, reduzindo o período de descanso da terra, a níveis incompatíveis com a recuperação das comunidades vegetais e do solo. A pecuária concentrada nas áreas marginais em termos de solo e água e que tem no superpastoreio desordenado um de seus problemas mais angustiantes, constitui uma das causas mais ativa de enfraquecimento do solo e empobrecimento da cobertura vegetal de extensas áreas dos sertões. Por fim, o corte da madeira, principalmente para produção de lenha e carvão, a mais importante fonte de energia para consumo doméstico na região, tem contribuído significativamente para a devastação do Bioma Caatinga. A Embrapa Caprinos e Ovinos, juntamente com a Confederação Nacional do Trabalhadores/as na Agricultura (CONTAG), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGs), com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), desenvolveu projeto de transferência de tecnologia sobre o Sistema de Produção Agrossilvipastoril (SPA) para o SAB. O projeto implantou no decorrer de 2008 uma rede de 16 Unidades Técnicas de Referencia (UTR), uma rede de multiplicadores em oito estados nordestinos, nos seguintes territórios rurais e ou de cidadania: Bacia Leiteira (AL), Vale do Itapecuru (MA), Sertão do Apodi (RN), Inhamuns-Cratéus (CE), Sisal (BA), Alto Sertão (SE), Sertão do Pajeú (PE) e Vale do Sambito (PI). O projeto visa o fortalecimento da agricultura familiar do semiárido através de ações integradas e inovadoras nas atividades agrícolas, pastoris e silviculturais, objetivando a sustentabilidade dos agroecosistemas do semiárido brasileiro. Cada Unidade Técnica de Referência ? Sistema de Produção Agrossilivipastoril (UTR-SPA) já instalada tem uma área padrão de 10 ha, assim subdivididos: 1,6 ha para a agricultura, 4,8 ha para a pecuária, 2,0 ha para terminação das crias e 1,6 ha para reserva florestal. O manejo do rebanho nas UTRs é realizado da seguinte forma: no início das chuvas, enquanto as culturas e as pastagens se estabelecem, o rebanho passa 30 dias na área de reserva florestal. Após esse período, permanece na área pecuária por todo o inverno. No início do período seco, o rebanho retorna para a área de reserva florestal por cerca de 30 dias, para aproveitar as rebrotas. Ao término dos 30 dias, os animais são levados à parcela agrícola para aproveitar os restos culturais e as leguminosas. As matrizes receberão suplementação alimentar à base de feno de leguminosa e rolão de milho ou panícula de sorgo, ministrada à tarde. A rede de parcerias do projeto é constituída por oito Fetag, 16 Sindicatos Rurais de Trabalhadores/as e 04 Unidades Descentralizadas da Embrapa (Tabuleiros Costeiros, Semi-Árido, Meio-Norte e Transferência de Tecnologia). 650 $aBrazil 650 $aGoats 650 $aSheep 650 $aSilvopastoral systems 650 $aAgricultura Familiar 650 $aCaprino 650 $aOvino 650 $aPequeno Produtor 653 $aAgricultura migratoria 653 $aAgrosilvopastoral systems 653 $aBrasil 653 $aNortheast region 653 $aRegiao Nordeste 653 $aSemiárido 653 $aSistema agroflorestal 653 $aSistema agrossilvipastoril 653 $aSustainability 653 $aSustentabilidade
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Embrapa Caprinos e Ovinos (CNPC) |
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1. | | QUEIROGA, V. de P.; GONDIM, T. M. de S.; VALE, D. G.; GEREON, H. G. M.; QUEIROGA, D. A. N. Produção de gergelim orgânico em agricultura familiar no nordeste brasileiro. Revista Agro@mbiente On-line, v. 5, n. 2, p. 166-172, maio/ago., 2011.Tipo: Artigo em Anais de Congresso |
Biblioteca(s): Embrapa Algodão. |
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2. | | QUEIROGA, V. de P.; FIRMINO, P. de T.; SILVA, A. C.; VALE, D. G.; SILVA, O. R. R. F.; GEREON, H. G. M. Método de transferência de tecnologia: avaliação de unidades demonstrativas de gergelim orgânico nas comunidades de produtores familiares de São Francisco de Assis do Piauí. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA, 4.; SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OLEAGINOSAS ENERGÉTICAS, 1., 2010, João Pessoa. Inclusão social e energia: anais. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2010.Tipo: Artigo em Anais de Congresso |
Biblioteca(s): Embrapa Algodão. |
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3. | | QUEIROGA, V. de P.; FIRMINO, P. de T.; GONDIM, T. M. de S.; SILVA, A. C.; VALE, D. G.; QUEIROGA, D. A. N.; GEREON, H. G. M. Soluções tecnológicas em prol da coletividade para sustentabilidade da cadeia produtiva do gergelim orgânico da agricultura familiar piauiense. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, v. 13, n. 1, p. 97-111, 2011.Tipo: Artigo em Anais de Congresso |
Biblioteca(s): Embrapa Algodão. |
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